sábado, 17 de novembro de 2007

...Sozinho aqui!


Despertas da escuridão, envolta no perfume das flores que te cobrem o corpo. Desabrochas para a vida, depois da tempestade duma noite de pesadelos. Faz-se dia, antes mesmo que a a escuridão desapareça, porque o sonho afastou os temores, os medos. Dissipam-se as nuvens e o brilho da Lua ilumina o teu olhar. Teu corpo feito de prata reflecte os desejos que a alma anuncia escondida em teu peito.

Sou estrela que te visita, abraço terno que te acolhe no frio e na distância que te separa de mim. Sonho, de uma noite quente de Verão, ou, coberta que te afaga a pele num dia frio de Inverno. Sou letras, imaginação com que preenches o teu sono. Sou quase tudo, e praticamente nada. Acordas, no meio desta Noite, arrepiada pelo ar fresco da madrugada, ou por pressentires a minha partida antecipada.

O vento do norte vem-me buscar, e os raios do Sol adormecem o meu olhar, já não brilho no teu céu, já não te abraço porque a realidade te colheu, deixando-me ficar sozinho, aqui!

Nenhum comentário: