domingo, 25 de novembro de 2007

Simetrias

É entre os reflexos do tempo que se encontram os mais sagrados segredos da eternidade. Entre a imagem real daquilo que somos e a imagem reflectida daquilo que fomos. O teu corpo, é igual simetria de sabedorias, sensibilidades e paixões. De um lado a realidade que enfrenta a agrura dos dias, ao outro lado, a sensibilidade que eleva os sonhos na noite que te adormece.

E o tempo, que a duas velocidades cresce contigo, levando a menina a fazer-se mulher, levando a mulher a tornar-se deusa. Eu, sou apenas as letras que ordenas em poemas perdidos sobre páginas de livros que se empilham na sombra das pedras que caminhamos todos os dias. Sou o murmúrio que escutas na brisa do vento que passa por ti, que te envolve, e te abraça como aquele apertado abraço que te deixei na partida.

E voas, igualmente simétrica nas asas, a que te conduz pela vida, a que te leva pelos sonhos, esperando que um dia ambas sejam apenas um par, e juntos possamos voar.

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