Sensualidade, desejo e prazer, formas que extraio do toque, do teu ser. Vontade, sentido e loucura, tudo aquilo que bebo de tua alma pura. Contorno-te, com meus dedos, como se fossem lápis, sobre a cama, feita de tela de algodão. A tua pele faísca a cada toque, pulsando em arrepios de prazer. Minha boca, saboreia cada milímetro de corpo que se estende qual planice à minha frente. Meu olhos são faróis, que na Noite escura iluminam o caminho a seguir. Minha língua desenha o teu pescoço, num traço de perfume e essências que se desprendem de ti. Meus lábios fecham-se ao abraçar os teus mamilos eretos que estremecem de prazer e meus dedos, adentram-se agora entre tuas penas, procurando o aconchego úmido de teu corpo, quente. Os corpos enleados, são um só novelo, da mais pura lã, na virgindade deste momento que se transforma num instante de prazer. As vozes soltam-se, dão lugar a gemidos, os corpos desatam-se em contusões, espasmos de luxúria. O meu corpo invade o teu, numa pacífica sensação de bem estar, abraças-me, e sinto-me deslizar por dentro de ti, quero tocar-te a alma com os dedos de minha alma, quero impregnar-me do teu perfume, invadir-me da tua pele. Os teus cabelos pendem sobre mim, longos, soltando fragrâncias, acariciando-me o corpo, escondendo-te a face de menina mulher que só eu conheço. O relâmpago corta a noite no instante e que juntos tocamos o Olimpo, os corpos cansados desferem o ultimo derrote e abandonam-se à delícia deste êxtase, deixando-se simplesmente ficar, envoltos um no outro.
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