quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Vagueio...


Vasto é o ar onde me perco, caminho diluído de lágrimas e prantos. Água salgada, lágrima do meu desencanto. Procuro o teu reflexo por entre cada gota deste líquido amargo. Procuro a tua alma neste rio de luz que me ofusca. Chamo o teu nome, com a voz da minha essência, neste silêncio avassalador que me consome.

Sei onde está, mas temo não te encontrar lá. Sei que te escondes, que te fechas na tua concha protetora. O cotidiano te afogou neste mar de medos, tormentos e pesadelos. O brilho da minha alma não foi suficiente para te iluminar e as trevas tomaram conta de ti. Mas quero que saibas, que continuo aqui, neste barco que deriva em todas as direções, procurando te encontrar e te recuperar para o meu peito vazio.

Vagueio oceano fora, escutando, procurando pelo caminho que me há de me levar a você, liberto-me de corpo pesado, e deixo a alma me conduzir qual anjo alado ao teu encontro. com um murmúrio te canto e deixas me entrar no teu mundo onde me abraças e sentes o calor em mim, a ternura e o meu afeto, o amor e a minha paixão que hão de te deixar imaculada, brilhante como a luz suave da Lua que nos cobre nesta nova Noite. Sabes que sempre te encontrarei, pois em meu peito carrego um pedaço de ti, qual farol que pulsa luz em teu redor.

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