terça-feira, 22 de janeiro de 2008

No escuro do quarto


Esta noite sentei-me no escuro do quarto, lá fora, a tempestade fustigava os vidros da janela, e a chuva, escorria como lágrimas. Os relâmpagos, transformavam a noite em dia, e iluminavam o meu corpo, inerte. O meu olhar, concentrava-se muito para além da tormenta. A minha alma, deixou o corpo, ganhou asas, voou, para lá do tempo.

Nas palavras que te deixei, envolvidas em sentimentos, te ofereci os sons, o toque, e os olhares que, apesar de não ver, sempre se cruzavam em cada letra escrita, em cada frase sentida, a cada música não tocada. Conhece a magia que os sentimentos encerram, pode, deve, ser desenhada de todas as formas possíveis, só assim conseguimos atingir a plenitude, só assim conseguimos sentir.

Neste espaço escuro, onde periódicamente espalho os meus sentimentos, encontrar-me sempre que a tua alma precise beber nas letras de uma simples palavra, o sentimento que nenhum toque, olhar ou som te consiga dar. Quem sabe, nesse momento, não descubrirás a chave que abre uma nova dimensão.

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