quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Espaço

Sombras e luzes, contornos suaves do teu ser. Espaço, vazio imenso onde me esperas. Na Noite rasgas o meu céu com a tua silhueta, abres-me o teu mundo com um pedaço de brilho. Alma pura, calor intenso que meu corpo absorve, naquele abraço apertado que o teu corpo me oferece.
Te amo, assim, na inexistência física de ti, na ausência permanente que me assola. É ar, puro e fresco, que as mãos moldam fazendo-te imaculada em minha frente. És estátua, simples olhar que preenche o vazio. Utopia platónica, singela flor que esparges teu perfume na madrugada fria de um Inverno.
Tocar-te será sempre a miragem de um dia intenso de calor, que meu corpo clamará em cada passo neste deserto da vida. Beber-te, será tão só uma idéia de água fresca que nasce nesse oásis dos teus lábios.
Sentir o toque da pele será apenas e só, o sonho de saber o gosto de ti na ponta dos meus dedos. Mas amar, é muito mais que tudo isso, é a sublime forma de querer ter a tua alma na minha de querer e poder te sentir em mim em cada segundo, e ter a certeza que amanhã serás completa e inteiramente minha.

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