quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O teu corpo e o meu corpo



Sobre o meu corpo, o teu se fez mulher, em minha alma, a tua se adentrou, e como uma peça de quebra-cabeça, se encaixou. Eu, senti no momento que fazias já parte de mim, desde o início dos tempos.

Da metamorfose deixaste ficar as asas de borboleta, e deste o teu corpo a beber ao meu, que sedento, respirou cada milimetro de ti. No silêncio, feito de palavras escritas, aprendemos a sentir-nos, reconhecemos em cada frase, o êxtase de outros tempos, em que eramos unos.

O incenso queima o ar com os aromas da tua pele que imaculada, nunca toquei. Os meus olhos, cerrados, deleitam-se com o brilho dos teus que nunca vi, e as minhas mãos entrelaçam-se nas tuas, sem chegar a senti-las.

Nesta magia que nos envolve, a música é um laço imenso que nos abraça os corpos distantes, e enebria os sentidos que nos levam a voar pelo universo que existe entre o teu corpo e o meu, entre a tua alma e a minha, entre os teus lábios e os meus...

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