sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O Sol da Meia-noite



O sol da meia-noite, inflama o ar, como uma bola de fogo, evaporando as gotas da última chuvada. As sombras ganham forma e uma leve brisa sacode a folhagem, ainda umida. Misturo-me no vento que passa, envolto na maresia da madrugada, levando comigo o perfume do amor, aos quatro cantos do Universo.


Percorro cada milímetro de pele, deixando suaves gotículas deste perfume mágico que desperta os sentimentos. Neste vôo infinito, percorro a Terra num segundo, deixando o mundo da fantasia roçar os corpos da realidade, sacudindo as almas, para um acordar doce e terno.


Nem sempre se consegue abrir a alma ao sopro do amor, nem sempre o simples toque da essência permite que sintas entrar em ti uma nova vida, mas, nos corações mais sensíveis, a noite, calma e tranquila, transporta nas suas letras a fragrância da paz, e do amor eterno.


Invado-te, conquisto-te, descubro-te, a cada letra que deixo cair sobre o teu corpo, a cada toque que não sentes, a cada sonho que te conto. Adormecida, nesta noite, que te embala, sobre braços inventados de frases descritas, deixas-te adormecer, deixas-te levar, e a noite oferece-te as asas, que, plácidamente, te farão voar.

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