Meus dedos preenchem os espaços vazios entre os teus, como se completassem tua mão. Meus braços se enlaçam nos teus como se fossem raízes da mesma árvore, a minha boca cola-se à tua, como se fosse a água que me mata a sede, a minha língua percorre os teus lábios, contornando-os, como lápis de carvão que te desenha.
Sinto o calor do teu abraço, o meu corpo treme, você me pergunta se tenho frio, e em tal embaraço te digo que sim, mas tremo de emoção por em meus braços te ter. Os meus sentidos percorrem o corpo adivinhando os contornos do teu que se comprimem em mim, os braços apertam-te, numa delicada força constante, que te mantêm perto de mim. Venço meus medos e inseguranças e te beijo profundamente, como se nunca o tivesse feito, me entrego, me desligo do tempo e do espaço.
A música toca em ritmos suaves e os corpos ardem entre caricias e beijos somam um só desejo. Meus dedos descobrem teu corpo, explorando cada detalhe, absorvendo cada curva e traço como se quisesse de novo te moldar ou não houvesse antes Deus tê-lo feito a preceito. As bocas não se descolam e sentem cada detalhe do outro eu, sabemos os ritmos sincronizados deste baile que não dançamos.
Sente-se um fogo imenso invadir o ventre e em leves e sensíveis gemidos de prazer, te sinto chegar a mim, e juntos voamos para nosso Mundo, onde em comunhão sentimos o prazer tomar conta de nós, e o amor invadir a alma num banho quente e doce.
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