domingo, 18 de janeiro de 2009

Chove...


Lá fora chove intensamente, cada gota desta água que escorre pelo corpo absorve a magia da alma. Sinto o frio, arrepio, ou simples tremer, que agita fortemente o ser quando a realidade me invade. Fico perdido, entre o cotidiano e o sonho, entre o prazer de sentir e o próprio sentimento. Sigo, e faço-me homem, de corpo vestido, sigo o ritmo, mas... mas sou mais que isso, que tudo isso que o próprio corpo carrega.

Não é fácil para a essência, ser apenas uma fragrância, ela é muito mais, é o verdadeiro início. Não é fácil ser um homem qualquer, quando se sabe que se é uma alma singela, equilibrada no éter da sua própria existência. Quando fundimos o cotidiano com o sonho algo se agita no Universo do nosso mundo, perde-se o equilíbrio, é preciso encontrar um novo centro de gravidade.

Misturar o divino com o profano, descaracteriza o ser, fazem em algumas vezes um mero vazio, nem homem nem deus, apenas nada. É preciso depois encontrar equilíbrios, balanços que permitam a existência desse novo ser, exclusivamente no plano Terrestre. Que ele não perca a asas e se agarre apenas à Terra, esquecendo-se das suas raízes celestes.

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