Você é o sabor de canela que em meus lábios se derrama, o suave suspiro que preenche a minha cama. Você é a tarde de chuva em dia de Inverno, meu corpo que te entrego como fogo que arde na esperança que se perde no tempo.
É este momento, e teu olhar esconde tudo aquilo que me queres dizer, neste silêncio que a boca cala, mas o corpo em êxtase revela. É prazer em plena conversa, copo de champanhe que se derrama em teu corpo por mim aberto. Pedaço de chocolate amargo e doce que em teu ventre derreto.
É passeio em pleno lago, lágrima suspensa no momento da despedida, instante de prazer sublime que aos olhos da minha noite te ilumina. É loucura a que me prendo, lugar ausente no tempo, onde me escondo para não me encontrar. Segundo apertado e terno que em tua voz adormeço como criança em berço de embalar.
É o momento, aquele singular detalhe que ninguém em ti percebe, mas que meu olhar faz agitar, é o próprio silêncio que me acompanha enquanto escrevo, me leva daqui para outro lugar, és tanta coisa e simultâneamente nada, fada, duende encantada, que fugiu de uma história de crianças para se vestir por segundos de realidade.
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