segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Para Sempre


Hoje sou real, sentes o calor das minhas mãos a deslizar por todo o teu corpo, moldando-o em cada curva que descobre. Sentes o sabor da minha pele, aroma de canela que saboreias a cada beijo. Posso sentir teus cabelos roçarem o meu peito numa carícia arrepiante. Sentes a minha respiração ardente contornar-te o pescoço, minha língua de fogo desenhar-te a orelha. A penumbra que nos envolve, abraça o silêncio que se escuta, neste instante em que a realidade se faz de sensações puras, palpáveis.

Te encostas em mim, te envolvo por completo em meus braços, os corpos desprovidos de roupa colam-se, as essências, fragrâncias, envolvem-se criando um novo perfume, feito do sabor doce da tua pele, do gosto a sal do meu mar, onde mergulhas para sempre.
Ali nos amamos, escondidos nas sombras que a noite nos oferece, libertando-nos das amarras que nos prendem.

Os corpos dançam, em ritmos desgovernados, as almas cantam a música suave que os embala, amamo-nos, intensamente, como se quiséssemos numa só vez dissolver a saudade de séculos, como se esta fosse a primeira e última vez que a vida nos proporcionasse o instante de poder ser um do outro, para sempre.

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