sábado, 9 de fevereiro de 2008

Aqui sozinho..


Sinto as curvas suaves de um corpo perdido entre nossas almas, sinto o perfume que invade o ar que respiramos, entranhando-se na pele, no corpo que é nosso. Sinto o calor do abraço, apertado, chama lenta que abrasa a libido, e nos aquece a alma com o amor que sabemos fazer. Tocar-te, é esculpir a Deusa que descubro em ti, sentindo cada parte deste todo que se faz da tua alma e termina em teu corpo.

Deitados sobre a brisa que nos transporta, somos apenas energia que flui entre corpos, amor sob a forma de sentires, palavras sobre forma de mil textos por descobrir. De amor te faço cada letra, de paixão, acesa e viva, faço cada frase, de prazer, intenso e puro, faço cada parágrafo que te escrevo na ausência, na distância e no vazio. És aurora boreal, luz que rasga as trevas, inspiração, utopia e lenda, um mito que não me canso de declamar.

Aqui sozinho, no meio de todas estas estrelas, inalo o amor que me ofereces no vento que me afaga o corpo, inspiração profunda, expiração ausente, querendo manter-te bem dentro do meu corpo. Num último e derradeiro suspiro, liberto-te, deixando ficar em mim o prazer de haver-te possuído por um singelo instante.

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