Caminho, na eternidade dos tempos, numa estrada sem fim, procurando-te a cada curva do caminho, detrás de cada árvore, em cada flor, em cada pássaro. Há momentos em que as forças me falham, sucumbo ao esforço de séculos de caminhada, mas, sempre sopra uma brisa, que me dá novo fôlego, levanto-me e prossigo.
Hoje, enquanto caminhava, envolto na música que ecoava na minha mente, sob o Sol deste final de Primavera, senti um leve toque sobre o meu braço, que me fez acordar da realidade. Senti-me entrar num mundo novo, olhei, e vi-te, pousavas-me na mão, batias as asas para me acariciar a pele, e chamar-me a atenção.
Trouxe-te ao nível dos meus olhos e olhei para dentro dos teus... nesse instante, todo o mundo em nosso redôr se evaporou, deixando-nos a sós, o teu corpo, frágil, fez-se mulher, sobre os meus braços e como que saída de um conto de fadas, estavas ali, olhando para dentro de mim, e eu, te deixei entrar, abri a porta da minha alma, e tu deixaste-te ficar...
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