Num monte junto as poucas coisas que consegui. Guardo na alma a maioria dos instantes, na mente conservo as palavras e na pele levo os cheiros, essências de uma vida inteira. Nos olhos, carrego em cada lágrima as imagens deste instante, momento de vida, sopro do destino que me trouxe aqui.
Não levo mapa, não traço rotas, limito-me a seguir o caminho. Nas costas carrego o passado, pela frente estende-se o futuro, sou um caminhante, de passagem para outro lugar qualquer. Faço uma pausa entre vidas, percorro o curto caminho incerto entre elas, como um fio, que liga os novelos, destinos entrançados em muitas vidas, pedaços de todos e cada um de nós e de vós.
Preparo a alma, para atravessar o deserto, vazio de vida, cheio de eus, questões e dúvidas por explicar, instantes e momentos por saborear, dores e males por sentir. Preciso compreender a informação que recolhi, tratá-la e aprender com todos os erros cometidos, com todas as lições recebidas.
Deixo atrás as histórias, montes de palavras, sentidos atados em fios de seda, sensações, toques e emoções acordadas em mim, por todos, despertas em vós, pelas letras que calmamente teci. Não me despeço porque não parto, despeço-me apenas porque fico, fico, calado, em silêncio. Falo para mim, escrevo-me, desenho-me e esculpo-me, preenchendo o interior que se foi esvaziando a cada frase, a cada beijo, a cada carícia.
Restauro as cores que o tempo empalideceu, reparo os buracos da alma, saro as feridas abertas, lambendo-as. Deixo-me ficar, por uns tempos, em mim!
Não levo mapa, não traço rotas, limito-me a seguir o caminho. Nas costas carrego o passado, pela frente estende-se o futuro, sou um caminhante, de passagem para outro lugar qualquer. Faço uma pausa entre vidas, percorro o curto caminho incerto entre elas, como um fio, que liga os novelos, destinos entrançados em muitas vidas, pedaços de todos e cada um de nós e de vós.
Preparo a alma, para atravessar o deserto, vazio de vida, cheio de eus, questões e dúvidas por explicar, instantes e momentos por saborear, dores e males por sentir. Preciso compreender a informação que recolhi, tratá-la e aprender com todos os erros cometidos, com todas as lições recebidas.
Deixo atrás as histórias, montes de palavras, sentidos atados em fios de seda, sensações, toques e emoções acordadas em mim, por todos, despertas em vós, pelas letras que calmamente teci. Não me despeço porque não parto, despeço-me apenas porque fico, fico, calado, em silêncio. Falo para mim, escrevo-me, desenho-me e esculpo-me, preenchendo o interior que se foi esvaziando a cada frase, a cada beijo, a cada carícia.
Restauro as cores que o tempo empalideceu, reparo os buracos da alma, saro as feridas abertas, lambendo-as. Deixo-me ficar, por uns tempos, em mim!