sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Energia...

Hoje sou apenas e só energia. Neste instante de desprendimento, sou outra vez essência, pura e simples, sem qualquer tipo de tempo, contra-tempo ou condicionante. O corpo, tantas vezes sujeito ao espaço, à sua própria dimensão, limitado nos movimentos, espartilhado nos compromissos, deixa-se sufocar, morrer na perpétua corrida por conseguir o equilibrio que apenas o espírito consegue alcançar.

Não adianta dizer que se é capaz, não adianta tudo tentar fazer para lá chegar, não há como não possuir ou ser possuído, como não condicionar ou ser condicionado, enfim esta dimensão é a dona do espaço e, o tempo aqui limita-se a horas, minutos e segundos que decorrem de dias semanas e meses. Por mais que queira não sou capaz de me fazer transportar por inteiro, tenho sempre ficar, para trás, neste tempo, seguindo de mim apenas a luz, energia que meu espírito ilumina e se transfere de corpo em corpo até à eternidade.

Se me perguntar se gosto de ser como sou, te direi que não, mas, aqui e agora, não posso, não devo, ser de outra forma, estou agarrado à Terra, e a sua gravidade me esmaga as asas, me impedindo de voar. Mas, sei fazê-lo, já te mostrei como o faço, e sempre que a realidade perde velocidade, consigo me libertar e divagar pelo espaço e pelo tempo ao encontro do teu sentido, da tua energia da tua essência que flui em minha direção.

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