terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Me perdi...


Não sei onde encontro o silêncio que minha alma precisa, escuto gritos e ruídos por todo o lado, a multidão agita-se em redor, enlouqueço neste pranto, murmúrio de milhões de almas em sobressalto. Onde estás que não te vejo, não te sinto não te escudo. Não sei diferenciar tua voz no meio desta amalgama de gente que se contorce em dores, no meio deste fogo que queima a pele, me perdi de você neste sofrimento.

Preciso do teu silêncio, da noite tranquila, da calma da brisa que teu vento me aportava. Não sei porque fiquei sozinho, aqui entre toda esta gente, não sei porque me sinto perdido aqui no meio deste imenso nada. Onde está o meu Universo, dimensão calma que me agasalha, abraço terno e seguro, beijo longo e duradouro que sempre me fizeste chegar nas calmas manhãs de Primavera. Porque não acaba este frio que me gela a alma, este Inverno que me lembra outro inferno, porque não pára esta tempestade de zumbir em meus ouvidos.

Silêncio, suave e profundo, que embala a alma num sonho tranquilo, noite de paz, harmonia e ternura como berço que minha mão empurra. Beleza pura que meus olhos cerrado descortinam no negro desta noite, que em sono pesado, descobre na estrela mais próxima como luz que brilha firme e segura, no final deste longo e escuro túnel.

E chega essa paz, que com água aquecida escorre pelo corpo todo, deixando a alma tendida em cama suave, e consigo assim vê-la adormecida, no mesmo lugar onde sempre a encontrei.

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