sábado, 22 de novembro de 2008

Teu brilho...

Faço de teu corpo é meu refugio, meu lugar eterno e secreto, meu abrigo onde me escondo. Hoje possuo tua alma, como jardim secreto, que por tantas vezes foi aberto por nós. Nosso paraiso perdido tantas vezes encontrado. Hoje te tomo como minha, te conquisto e desbravo tua pele, como terra virgem. Te consumo como fogo em selva fechada, como água que a sede mata, como um vício que o corpo precisa.

Em você vejo muito mais que a imagem que se reflete no espelho, que a fotografia que desenha o teu corpo com a precisão de um raio de Sol em plena Primavera. Te vejo de forma para lá da singela beleza do teu rosto desenhado pela mão do Criador, para lá das curvas perturbantes da tua silhueta que por noites a fio me roubam o sono para te amar o corpo. Vejo a luz que tua alma irradia, que faz da minha noite escura, dia.

Você é o poema que invento, as palavras que desenho, o Sol que sempre a brilha, majestosa pose que tanta beleza aporta. Meus olhos ficam hipnotizados pelo brilho do teu olhar, pela cor suave do teu rosto que me deixa completamente perdido. Me faltam palavras, luz eterna e onipresente que rasga todas as sombras e me abraça a alma tirando-me o fôlego num só olhar.

Tua beleza deixa minha alma à deriva, me faz perceber que não tenho mãos para te conter, nem corpo para possuir tudo aquilo que você é, mas ainda assim, mantenho firme a esperança de poder ter de você, um pequeno raio de luz, lembrança da tua passagem por mim.

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