sábado, 23 de agosto de 2008

O tempo não passa...

É noite, a Lua brilha e em breve deixarei minha alma seguir, abandonar meu corpo como se me despisse de mim em busca de você. Longe, mas não muito longe, vejo teu brilho no céu, que se destaca em meio à luz do luar, ali minha alma te encontra, minha alma te toca.

O tempo desaparece quando nos tocamos, sinto tuas mãos percorrem minha alma e um arrepio suave aflora minha pele. Tua boca envolve a minha e com um beijo sedento sinto teu gosto. O tempo desaparece, não passa quando sinto teu corpo junto ao meu.

Teu brilho me invade e me transforma, teu perfume toma conta do espaço, no silêncio ouço teus murmúrios em meus ouvidos. No ar uma névoa de amor envolve nossos corpos úmidos, uma onda de prazer faz teu corpo balançar junto ao meu.

Nossos corpos se fundem, teu olhar me encanta, a cada toque a minha pele, sentes em cada gota o meu corpo que por ti resvala, entranhando-se em cada poro. A tua boca bebe a sede queem mim. O tempo não passa, nossos olhares seguem o brilho da névoa que nos envolve, a cor se reflete com o brilho das estrelas e assim permanecemos.

Sentimos um ao outro e vivemos aquele tempo não passa e assim permanecemos, unidos, fundidos em um mesmo corpo, em um mesmo desejo, em uma mesma energia, vivendo um mesmo céu nos limites do horizonte.

Quando a noite acaba, nasce um novo dia e com ele um novo olhar, um novo sorriso, um novo beijo, nos contemplamos e assim abandonamos nossos corpos ao cansaço de amar.

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