domingo, 12 de outubro de 2008

Na Plenitude...


Te encontro no prazer dos sentidos, no suave gosto da tua boca, na maciez da tua pele quando encostas-se a mim. Teus cabelos me percorrem como vento suave que percorre a planura do meu ventre. Você é a magia que preenche a minha noite, como sopro quente que me abraça, com a ternura com que me murmuras ao ouvido.


Te guardo como pedaço de mim, em meu âmago te recebo, como cálice sagrado onde derramo o meu vinho. Teus seios são um manancial onde meus lábios se refrescam e minha língua se perde em devaneios de doce e terna loucura. Teus olhos me devoram o olhar, como se o hipnotizasses me fazendo ver o fundo da tua alma, imaculada.


A plenitude que em nós descobrimos, nos completa com tamanha intensidade que nos deixa completamente extasiados, este dilúvio divino, nos transforma em seres mágicos capazes de se desmaterializarem, de regressarem ao próprio éter da alma. Nesta atmosfera primordial, não somos mais que raios de luz, átomos que se fundem num único corpo, uma nova estrela que acaba de nascer.

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